Melhorias Corporativas na v9: ROBO e Fita

O novo Veeam Availability Suite v9 que estará disponível em breve, trará, entre vários novos recursos, mais melhorias para ambientes Corporativos. Nestes ambientes, duas características normalmente estão presentes; e demandam soluções adequadas: escalabilidade e gerenciamento de múltiplos escritórios/filiais remotos.

A interação com o S.O. da máquina virtual para realizar o backup e restauração de forma adequada é um grande recurso avançado do nosso software. Como é uma solução que não usa agentes, nossas tarefas de backup transferem e executam um processo temporário em cada máquina virtual que esteja com a opção “Application Aware Image Processing” ativada. Este processo é responsável pela coordenação do processamento VSS, executando atividades específicas de backup, como, por exemplo, o truncamento de logs e a indexação do sistema de arquivos da máquina virtual.

Antes da v9, todas as interações com o S.O. hospedado eram executadas pelo servidor de backup. Para cada VM protegida, a console central implementava o processo de interação diretamente na VM (fosse através da rede diretamente no S.O. hospedado, ou usando VIX API através de uma conexão até o S.O. em redes desconectadas). Isto sempre funcionou perfeitamente, mas os ambientes protegidos cresceram em tamanho e complexidade, e dois limites se tornaram aparentes.

Primeiro, a escalabilidade. O processamento no S.O. hospedado é gerenciado pelo servidor de backup, mas o número de VM’s protegidas em um ambiente típico dos clientes cresceu tão significativamente ao longo do tempo, que os recursos do servidor de backup começaram a se tornar um gargalo – o que limitou o número de interações concorrentes possíveis, antes que as tarefas de backup falhassem em razão do timeout.

O segundo limite é relacionado parcialmente ao primeiro. As corporações normalmente tem vários escritórios remotos, com ambientes virtualizados implementados localmente para atender os usuários destes escritórios. Em cenários como este, normalmente o servidor VBR está localizado na matriz, e todas as interações com o S.O. hospedado precisam ocorrer através do link WAN, que normalmente é lento.

 

 

Então, mesmo tendo o proxy e o repositório implementados no escritório remoto para manter locais o tráfego de backup e a restauração, o tráfego relacionado às interações com o S.O. hospedado, ainda passava através da WAN, o que resultou em problemas de escalabilidade para estes ambientes.

Para melhorar o desempenho, a v9 vai introduzir um Guest Interaction Proxy. Os clientes podem atribuir esta função para qualquer servidor Windows gerenciado (incluindo proxies de backup e repositórios existentes). Normalmente o proxy de backup remoto existente na filial ou site secundário é o melhor candidato para a função, pois é o mais próximo das máquinas virtuais que ele protege:

 

 

Com o Guest Interaction Proxy implementado localmente, o servidor de backup só enviará comandos de controle através do link WAN. O Guest Interaction Proxy “local” vai carregar os processos de interação com o S.O. hospedado nas VM’s processadas.  Como resultado, o tráfego que flui através do link lento será minimizado, enquanto a carga no servidor VBR será reduzida. E como um único servidor de backup conseguirá controlar vários Guest Interaction Proxies? A escalabilidade foi melhorada tremendamente. Por exemplo, imagine uma corporação com 500 locais remotos. Esta empresa agora pode definir que o proxy de backup de cada local também vai atuar como Guest Interacion Proxy, e todos serão controlados pelo servidor de backup central. Obviamente, múltiplos Guest Interaction Proxies também podem ser usados em um único data center de grandes proporções para melhorar o desempenho e a escala das atividades.

Outro benefício oculto deste recurso, que pode não ser percebido imediatamente, é ter acesso ao S.O. hospedado quando o processamento sem rede, através da VIX API não é possível – por exemplo, quando a conta de acesso com privilégios administrativos não pode ser fornecida para a interação com o S.O. hospedado por questões de segurança. Basicamente, agora você pode designar um computador Windows com placas de rede em ambos os ambientes de produção e backup, e aproveitá-lo como um proxy de interação com o S.O. hospedado para “enviar” a comunicação da rede de backup para a rede de produção.

Mas os backups sempre são somente a metade da história. Uma vez que os dados estejam salvos em segurança em um repositório, uma restauração pode ser necessária. E, se olharmos uma vez mais para este assunto sob a perspectiva do escritório remoto, atualmente as restaurações no nível de arquivo precisam ser realizadas pelo servidor central de backup, com os arquivos de backup montados diretamente nele:

 

 

Ou seja, mesmo se o repositório de backup estiver “local” para o ambiente virtualizado remoto, durante as restaurações no nível do arquivo, os dados precisam passar pelo link de WAN lento duas vezes – a primeira para serem enviados ao servidor de backup; e então serem enviados de volta para a máquina virtual no site remoto. Uma saída popular para esta situação tem sido usar o assistente Multi-OS File Level Restore (FLR) com a appliance FLR executado no site remoto, contudo esta abordagem tem algumas desvantagens.

Com a v9, isto não é mais necessário graças à nova configuração Mount Server – para cada repositório de backup. Basicamente, qualquer servidor Windows gerenciado pelo Veeam,  a partir de agora, pode ser designado como um ponto de montagem FLR para backups Veeam. É claro que a melhor escolha para um escritório remoto é usar um repositório existente baseado em Windows, de forma que ele próprio seja configurado como um Mount Server!

 

 

Agora, graças a esta nova função, o servidor VBR central só vai enviar comandos de controle através do link WAN, enquanto o backup remoto será montado pelo servidor de montagem “local” para restaurar os arquivos necessários diretamente na máquina virtual, com todas as transferências de dados restritas ao site remoto.

E já que estamos falando de operações “remotas”, outra novidade importante incluída na v9 é o console autônomo. Sim, estamos falando sobre o tão esperado console para o Veeam Backup & Replication que os administradores Veeam vão poder instalar separadamente do servidor de backup, por exemplo, em sua própria estação de trabalho, permitindo o gerenciamento remoto do servidor de backup através da rede. Diga adeus às sessões RDP ou aos vários usuários desconectando uns aos outros à medida que se conectam ao mesmo servidor de backup. Agora cada operador poderá ter seu próprio console. Além disso, o console também assume a função de servidor de montagem em cenários de restauração avançada, que requerem montagem local dos backups (como para os Veeam Explorers), um recurso que será muito útil em cenários ROBO.

Mas isso não é tudo que temos para hoje! Como você já pôde perceber na v8, estamos totalmente comprometidos em fornecer o melhor suporte a fitas do mercado para clientes de qualquer tamanho – e a v9 trará várias melhorias adicionais nos recursos relacionados às fitas, que nossos clientes corporativos têm demandado fortemente. Eu vou cobrir apenas alguns dos recursos principais, mas posso garantir a vocês que existem muitas outras melhorias menores!

A primeira delas, que eu acredito ser a maior de todas, é a possibilidade de criar um Media Pool desvinculado de uma única biblioteca física e ser capaz de distribuir os dados por múltiplas bibliotecas. Este “global media pool” se tornará o principal destino das tarefas que usam fitas e vai aumentar tanto o desempenho quanto a experiência de gerenciamento em geral.

 

 

Uma tarefa que use fita direcionada para o “global media pool” pode usar múltiplas bibliotecas ou unidades autônomas de acordo com a ordem de failover configurada e mudar para uma das bibliotecas disponíveis se ocorrer um evento de failover. Por exemplo, imagine se uma das bibliotecas fica sem mídias disponíveis, ou se está com todos os drives de fita ocupados. Graças aos “global media pool”, uma tarefa que usa fita, agora pode passar a usar outra biblioteca com mídia ou drives de fita disponíveis.

Quais outros grandes recursos estamos adicionando para melhorar o desempenho com o uso de fitas? O tão solicitado processamento paralelo entre múltiplas unidades de fita estará disponível na v9! O que antes demandava a configuração de múltiplos media pools e tarefas de backup para fita, que aumentava muito a complexidade, agora está disponível a partir da instalação padrão!

 

 

Esta será uma opção simples, porém poderosa, que vai permitir a você executar tarefas usando fitas direcionadas para o mesmo media pool simultaneamente, ou distribuir o arquivamento dos arquivos de backup por várias unidades.

A seguir, vamos falar sobre a rotação de fitas. Tenho certeza de que muitos de vocês vão ficar felizes em saber que um novo tipo de media pool estará disponível na v9: a GFS Media Pool dedicada para backups completos. Assim como antes, mesmo que seja possível obter basicamente o mesmo resultado com múltiplos media pools na v8, a v9 vai além, removendo completamente a complexidade associada ao gerenciamento desta configuração.

Se você está familiarizado com nosso atual mecanismo de rotação na v8 para as tarefas de cópia de backup “Grandfather – Father – Son” (GFS) – o conceito continua o mesmo, então deve ser simples de entender. Quando os backups completos têm como destino o media pool GFS nas configurações da tarefa de backup para fita, as fitas correspondentes serão retidas de acordo com o plano de retenção especificado, envolvendo semanas, meses, trimestres e até mesmo anos – por tanto tempo, quanto a política de retenção determine.

Com o media pool GFS, são necessárias menos fitas para atender longas retenções. Por exemplo, o plano de rotação GFS configurado para manter 4 anos de backup completo vai requerer apenas 19 fitas: 4 semanais, 12 mensais e 3 fitas anuais. O media pool simples ainda está disponível para retenção de backups completos por menos tempo e para backup incremental, então você é quem decide qual o media pool que atende melhor ao seu cenário de retenção de dados.

Como você pode ver, apenas a partir deste único post neste blog, existe uma grande quantidade de melhorias significativas específicas para corporações, que foram adicionadas na v9. Pode acreditar, nós só estamos começando com os anúncios – pois os melhores recursos da v9 para corporações ainda serão divulgados. Espero que nossos esforços demonstrem claramente que estamos dando muita atenção às necessidades específicas de nossos clientes corporativos; e estamos determinados a fornecer a você um produto que esteja 100% preparado para atender sua empresa e que possa crescer facilmente, afim de manter a disponibilidade para seus negócios em crescimento.

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